Descrição
360 pp.; mapas; 24 cm.
Em 1750, Portugal e Espanha assinaram um novo tratado delimitador dos seus domínios coloniais. Com o Tratado de Madrid, como ficaria conhecido, revogou-se o velho e ultrapassado meridiano de Tordesilhas e a coroa espanhola reconheceu formalmente a expansão territorial portuguesa na América do Sul, muito para além da linha de 1494. Mas, se aquele processo de negociação foi magistralmente analisado por Jaime Cortesão, faltava um estudo aprofundado sobre a forma como se procedeu à demarcação no terreno dos limites então acordados, especialmente pelas chamadas Partidas do Sul. Foi o que fez Mário Clemente Ferreira com esta obra.
O trabalho das equipas demarcadoras acabou por se transformar numa impressionante aventura.
Geógrafos, astrónomos, matemáticos, desenhadores e engenheiros enfrentaram gigantescas dificuldades, enquanto cartografavam, desenhavam e escreviam a geografia, a fauna e a flora das diferentes regiões. As áreas percorridas foram vastas. O estabelecimento da linha delimitadora foi conseguido em quase toda a sua extensão e a produção cartográfica, de rigor científico, foi volumosa. A América meridional transformava-se numa nova realidade geográfica e humana aos olhos daqueles que com ela se relacionaram e o Brasil começava a ganhar consciência da sua fisionomia territorial.