Descrição
RIGAUD, Lucas. COZINHEIRO MODERNO, OU NOVA ARTE DE COZINHA, ONDE SE ENSINA PELO METHODO maís facil, e mais breve o modo de se prepararem varios majares, tanto de carne, como de peixe: Mariscos, legumes, ovos, lacticinios: Varias qualidades de massas para pães, empanadas, tortas timbales, pasteis, bôlos, e outros pratos de entremeio: Varias receitas de caldos para differentes sopas: Caldos para doentes, e hum caldo portativo para viagens longas. Com huma observaçaõ sobre algumas frutas; o tempo de se colherem, tanto para se comerem na sobre mesa, como para doces, e se conservarem para o Inverno. DADO Á LUZ Por LUCAS RIGAUD Hum dos Chefes da Cozinha de Suas Magestades Fidelíssimas, &c. Segunda Edição correcta e emandada. LISBOA Na Officina de LINO DA SILVA GODINHO. M. DCC XCVIII (1792), 469 pags.
Encadernação da época.
Inocêncio V, 203. “… estrangeiro, como bem o indica o seu appellido, mas domiciliario por algum tempo em Portugal, onde se declara «um dos Chefes da cosinha de Suas Magestades Fidelissimas», compoz, ou como elle diz, deu á luz a obra seguinte: Cosinheiro moderno, ou nova arte de cosinha, Terceira edição correcta e emendada. Lisboa na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1798. 8.º de VIII 461 pag. É esta a edição que possuo, e ainda não tive opportunidade de examinar as anteriores. Depois se fizeram mais algumas, e a ultima de que hei noticia é de 1846. O auctor declara, que o motivo de emprehender esta publicação fôra «ver que um pequeno livro que até então corria impresso entre nós, com o titulo de Arte de cosinha (vej. Domingos Rodrigues), era tão defeituoso, que se devia rejeitar inteiramente como inutil, e incompativel com os ajustados dictames da mesma arte.»”
Lucas Rigaud, cozinheiro francês que depois de trabalhar para muitas casas da aristocracia europeia é contratado por D. Maria I para servir a corte portuguesa. Faz publicar, em 1780 o seu Cozinheiro Moderno ou a nova arte da cozinha, rejeitando o trabalho do seu antecessor, Domingues Rodrigues, nas cozinhas portuguesas. Esta obra, a segunda publicada em Portugal, faz um aproximação da antiga culinária aristocrática, fortemente marcada pelo uso de especiarias do oriente, com a nova forma de cozinhar da culinária europeia. É também a obra de referência da culinária na Corte portuguesa do Brasil.
Obra de referência na culinária portuguesa.