Descrição
Orpheu 1, Janeiro–Fevereiro—Março de 1915
Orpheu 2, Abril–Maio–Junho de 1915
“ORPHEU” – Revista Trimestral de Literatura
Ano I – 1915, N.º 1, Janeiro – Fevereiro – Março
Propriedade de: Orpheu, Lda.
Editor: Antonio Ferro
Direcção: Luiz de Montalvôr e Ronald de Carvalho
Oficinas: Tipografia do Comércio
– 10, Rua da Oliveira, ao Carmo – Lisboa.
Capa desenhada por José Pacheco
Sumario:
Luiz de Montalvôr – Introducção
Mario de Sá-Carneiro – Para os “Indicios de Oiro” (poemas)
Ronald de Carvalho – Poemas
Fernando Pessoa – O Marinheiro (drama estático)
Alfredo Pedro Guisado – Treze Sonetos
José de Almada-Negreiros – Frizos (prosas)
Côrtes-Rodrigues – Poemas
Alvaro de Campos – Opiário e Ode Triunfal
“ORPHEU” – Revista Trimestral de Literatura
Ano I – 1915, N.º 2, Abril – Maio – Junho
Propriedade de: Orpheu, Lda.
Editor: Antonio Ferro
Direcção: Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro
Redacção: 190, Rua do Ouro – Livraria Brasileira
Oficinas: Tipografia do Comercio
– 10, Rua da Oliveira, ao Carmo – Telefone 2724, Lisboa
Colaboração especial do futurista Santa Rita Pintor
(4 hors-texte duplos)
Sumario:
Angelo de Lima – Poemas Inéditos
Mario de Sá-Carneiro – Poemas sem Suporte
Eduardo Guimaraens – Poemas
Raul Leal – Atelier (novela vertígica)
Violante de Cysneros (?) – Poemas
Alvaro de Campos – Ode Marítima
Luiz de Montalvôr – Narciso (poema)
Fernando Pessôa – Chuva oblíqua (poemas interseccionistas)
“Meu caro Côrtes-Rodrigues:
Muito à pressa.
Ontem deitei no correio um Orpheu para si. Foi só um porque podemos dispor de muito poucos. Deve esgotar-se rapidamente a edição. Foi um triunfo absoluto, especialmente com o reclame que A Capital nos fez com uma tareia na 1.ª página, um artigo de duas colunas. Não lhe mando o jornal porque lhe escrevo à pressa, da Brasileira do Chiado. Para a mala seguinte contarei tudo detalhadamente. Há imenso que contar. Agora tenho tido muito que fazer. (…) Naturalmente temos que fazer segunda edição. «Somos o assunto do dia em Lisboa»; sem exagero lho digo. O escândalo é enorme. Somos apontados na rua, e toda a gente — mesmo extra-literária — fala no Orpheu.
Há grandes projectos. Tudo na mala seguinte.
O escândalo maior tem sido causado pelo 16 do Sá-Carneiro e a Ode Triunfal. Até o André Brun nos dedicou um número das Migalhas.
Meus cumprimentos a seu Pai. Um abracíssimo do
Fernando Pessoa”