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Ordens e condecorações portuguesas 1793-1824

Paulo Jorge Estrela

Editora: Tribuna da História

Local de edição: Lisboa

Ano: 2008

Indisponível

    Esgotado

    Descrição

    294 pp.; ilustrado, mapas; 29 cm.

    Durante a regência e o reinado de D. João VI, Portugal assistiu a uma profunda transformação no sistema de distinções honoríficas, num processo que pode ser legitimamente descrito como uma revolução falerística. Este período, marcado por intensas convulsões políticas e militares, viu surgir e consolidar um conjunto de ordens e condecorações que não apenas premiavam o mérito militar, mas também serviam como instrumentos de afirmação simbólica do poder régio e da identidade nacional. A reorganização da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, em 1808, é emblemática desta mudança: criada originalmente no século XV, foi revitalizada para distinguir atos de bravura e fidelidade à Coroa, tornando-se a mais elevada condecoração portuguesa.

    A Guerra Peninsular (1807–1814), travada contra as forças napoleónicas, constituiu o principal catalisador desta renovação honorífica. Durante este conflito, foram criadas diversas medalhas e distinções destinadas a reconhecer o esforço dos militares portugueses e aliados, nomeadamente britânicos, que combateram sob o comando de generais como Wellington e Beresford. Contudo, a abrangência da política falerística não se limitou ao teatro ibérico: operações militares fora da Península, como a conquista da Guiana Francesa em 1809 — uma ação conjunta luso-britânica — e as campanhas Cisplatinas entre 1816 e 1820, no atual território do Uruguai, também motivaram a criação de condecorações específicas, refletindo a dimensão global da intervenção portuguesa.

    Um dos episódios mais controversos deste período foi a participação da Legião Portuguesa ao lado do exército de Napoleão. Esta colaboração, embora politicamente delicada, resultou na atribuição de condecorações francesas, como a Légion d’honneur, a centenas de militares portugueses. Tal fenómeno levanta questões complexas sobre identidade, lealdade e memória, e revela as ambiguidades que marcaram a política externa portuguesa durante o início do século XIX.

    A obra em análise não se limita à descrição das condecorações militares. Ela alarga o seu escopo a outras formas de reconhecimento público do mérito, explorando disciplinas como a Heráldica, a Vexilologia e a Armaria, que ajudam a compreender o simbolismo e a iconografia associada às ordens honoríficas. Além disso, são abordados episódios históricos posteriores à Guerra Peninsular, como a Vila Francada (1823) e a Abrilada (1824), que prenunciavam a Guerra Civil portuguesa e cujas repercussões se fizeram sentir na cultura falerística da época.

     

     

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    Ano

    2008

    Autor

    Editora

    Tribuna da História

    Local de Edição

    Lisboa

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