Descrição
A obra aborda a anexação de Portugal à Coroa espanhola por Filipe II em 1580, após a morte do rei D. Sebastião e a crise sucessória que se seguiu. Estébanez Calderón descreve o contexto político que permitiu essa união ibérica, ressaltando tanto os argumentos de legitimidade espanhola quanto as tensões que ela gerou. O autor destaca o sentimento de resistência do povo português diante da perda de soberania, fazendo notar os movimentos que, ao longo de décadas, alimentaram o desejo de independência. Esse processo culmina na Restauração de 1640, quando D. João IV é proclamado rei de Portugal e se marca o fim do domínio espanhol. Ao longo da narrativa, são apresentados retratos de figuras históricas centrais, como o duque de Bragança e o próprio Filipe II, com descrições que fundem estilo literário romântico com análise histórica. A obra também oferece reflexões sobre a identidade ibérica e as tensões entre a unidade da Península e os sentimentos nacionais, sempre sob uma ótica espanhola que busca compreender o rompimento entre os dois reinos.




