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Revista Ocidental

Antero de Quental, Antonio Cánovas del Castillo, Eça de Queirós, Francisco María Tubino, Francisco Pi Y Margall, Gomes Leal, J. Batalha Reis, José Joaquim Rodrigues de Freitas, Luciano Cordeiro, Manuel de Arriaga, Maria Amália Vaz de Carvalho, María del Pilar Sinués de Marco, Oliveira Martins, Patricio de la Escosura Morrogh, Serafín Olave, Teodoro Guerrero Pallarés, Tristán de Jesús Medina

Editora: Escritório da Revista Ocidental

Local de edição: Lisboa

Ano: 1875

Sob consulta

Os 11 fascículos encadernados em 2 volumes, com lombadas e cantos em pele.

Colecção completa. Raríssima e muito procurada.

Trata-se da primeiríssima edição da obra, publicada nesta revista, desde o primeiro fascículo do primeiro tomo, ao ao primeiro fascículo do segundo, editada no ano seguinte em forma de livro, com inúmeras alterações.

Descrição

t. 1, fasc. 1 (15 Fev. 1875); t. 2 (1875). – Lisboa: Typ. de Cristovão Augusto Rodrigues, 1875. – 24 cm

(t. 1, 768 pp. e t. 2, 639 pp.)

 

No final de cada volume, conserva as capas de brochura dos respectivos fascículos (faltam ambas as capas do fascículo 6.º; e as anteriores dos fascículos 4.º, 5.º do primeiro tomo e 5.º do segundo tomo, o índice do primeiro tomo é uma reprodução).

Eça de Queirós, O crime do Padre Amaro 

— (Revista Ocidental: publicação quinzenal).- 1.º fascículo, 1.º ano, tomo 1.º a 5.º fascículo, 1.º ano, tomo 2.º (15 de fevereiro de 1875 a 15 de julho de 1875. Lisboa, escritório da revista Ocidental, 1875-1875; 11 fascículos encadernados em 2 volumes.

Trata-se da primeiríssima edição da obra, publicada nesta revista, desde o primeiro fascículo do primeiro tomo, ao ao primeiro fascículo do segundo, editada no ano seguinte em forma de livro, com inúmeras alterações.
A revista teve a colaboração de Antero de Quental, Batalha Reis, Gonçalves Crespo, Oliveira Martins e muitos outros. Obra fundamental para compreender o ideário da Geração de 70.

Notas sobre esta publicação:

“A primeira edição da famosa obra — «O crime do Padre Amaro» —, que veio a abrir a nova época na história do romance português, apareceu em 1875, em fascículos da Revista Ocidental, em cujos tomos I e II se encontram, respectivamente, dezoito e quatro capítulos. Logo no ano seguinte foi publicada, em volume de 362 páginas, a chamada edição definitiva, diferente daquela em muitos pontos, na qual o autor fez as modificações a que se referem os editores da Revista ocidental no final da reprodução do primitivo texto do romance: — «Achando-se fora de Portugal não pode, o sr. Eça de Queiroz, dirigir pessoalmente a publicação do seu romance, e introduzir neste modificações importantes que tencionava fazer.»
Dada a extrema raridade daquela revista e dos exemplares da edição de 1876, os leitores de Eça só conhecem, em regra, o texto das últimas edições, ou seja a refundição feita entre outubro de 1878 e outubro de 1879 e publicada em 1888, que é, afinal, a verdadeira edição ne varietur.” in José Pereira Tavares, O crime do Padre Amaro, Aveiro, 1943

O Crime do Padre Amaro de Eça de Queirós é pela primeira vez publicado na «Revista Ocidental», entre 15 de Fevereiro e 15 de Maio de 1875, uma revista quinzenal, fundada por Jaime Batalha Reis e Antero de Quental. A publicação do romance teve muitas peripécias. Eça de Queirós tinha prometido escrever para a Revista o romance «Uma Conspiração em Havana»; no entanto, não consegue cumprir o prometido e, ao partir para Newcastle-on-Tyne, a 14 de Dezembro de 1874, deixa aos seus amigos um rascunho do romance O Crime do Padre Amaro, contando depois revê-lo e refundi-lo, à medida que lhe fossem enviando as provas impressas.

A 6 de janeiro de 1875, em carta dirigida a Batalha Reis:

“Meu querido Batalha

Meu caro Batalha, que faz o Padre Amaro? Tenho esperado vê-lo chegar, espalmado num envelope, vestido de imprensa, com o seu crime às costas – mas tenho esperado debalde. Tens outros planos a respeito do romance para a Revista? Sofreu a mesma revista alguma alteração na sua laboriosa nascença? Tem sido impossível passar a letra de imprensa os gatafunhos românticos em que está escrita aquela história realista? Se nada disto — então remete-me as provas. Se — ou por alteração do plano literário da Revista ou por dificuldades de composição — o Padre Amaro não pode ir matar o filho para a rua, à luz pública — então peço-te que me avises — e que mo remetas empacotado. Se ele não puder cometer a sua patifaria em letra de imprensa — então quero que ele esteja aqui ao meu lado, na gaveta, matando sossegadamente — seu filho — e portanto meu neto.”

A 8 de fevereiro de 1875, nova carta a Jaime Batalha Reis, depois de enviar as provas:

“Meu querido Batalha

Remeto-te as provas.

É indispensável, é absolutamente necessário — que eu reveja umas segundas provas — ou as provas de página. As emendas que fiz são consideráveis e complicadas: e se a um trabalho onde o estilo já de si é afectado e amaneirado, todo cheio de pequenas intenções e todo dependente da pontuação — ajuntamos os erros tipográficos — temos um fiasco deplorável. É portanto indispensável que me remetas imediatamente as provas de página — ou segundas provas. E vai mandando provas — sem descanso. Agora uma importante observação: se os compositores tiverem achado uma dificuldade insuperável em compor os capítulos que estão em borrão — os capítulos suplementares que eu introduzi posteriormente — põe corajosamente de parte todos esses capítulos: e faz compor só o que era primitivamente o romance: os capítulos suplementares são fáceis de conhecer porque estão numa letra confusa, não têm numeração e estão — pelo seu aspecto, evidentemente, intercalados no original que está todo escrito numa letra mais regular e com tiras numeradas.”

A 26 de Fevereiro, depois de ter já saído o primeiro número da Revista, o texto foi impresso sem as alterações feitas pelo autor:

“Meu caro Batalha

Acabo de receber a tua carta e estou verdadeiramente indignado. Pois quê! Eu dou-vos um borrão de romance — e vocês em lugar de publicar o romance publicam o borrão! Nós ficámos em que eu corrigiria as provas — bem o que eu vos dei não era mais que um trabalho informe e absurdo. E vocês não esperam pelas provas — e publicam o informe e absurdo. É verdadeiramente insensato! Vocês sacrificaram o meu trabalho ao desejo de encher a revista de matéria — sem atenção a que a matéria fosse boa ou má: há decerto algumas desculpas do vosso lado, reconheço-o, mas é incontestável que eu tenho montes de razão. Se vocês publicaram a primeira parte — tal qual eu a li nas provas que me mandaram — podem-se gabar de que publicaram a maior borracheira de que a estupidez lusitana de se pode gloriar. É indispensável que V.V. façam uma declaração — dizendo — que estando eu em Newcastle — e não tendo podido corrigir as provas, o romance sai tal qual está no borrão.”

Informação adicional

Editora

Escritório da Revista Ocidental

Local de Edição

Lisboa

Ano

1875

Autor

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