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Monografia do concelho de Tarouca

Abade Vasco Moreira

Local de edição: Viseu

Ano: 1924

Indisponível

    Esgotado

    Descrição

    Invulgar.

    P.e Vasco de Almeida Moreira

    Abade de S. João de Tarouca – Investigador Arqueólogo, 1879 – 1932

         O padre Vasco Moreira nasceu em Cernancelhe a 30 de Dezembro de 1879. Destinando-se à vida eclesiástica, estudou preparatórios no colégio de N. Senhora da Lapa desde 1893 até 1898, e como era talentoso de natureza e aplicado, alcançou nos exames que fez no liceu de Lamego algumas distinções. Em 1898 matriculou-se no curso teológico do Seminário de Lamego, que concluiu com a classificação denemine discrepante e, em 30 de Setembro de 1901, ordenou-se de presbítero.
    Paroquiou a freguesia de Paçô, concelho de Moimenta da Beira, desde 4 de Outubro daquele ano até 1 de Janeiro de 1904; em Agosto do mesmo ano colou-o o bispo de Lamego como abade de S. João de Tarouca, onde se manteve até falecer. Também fora apresentado nas freguesias de Sarzedo e Caria, do concelho de Moimenta, mas renunciou aos dois despachos. Soube sempre, desde cedo, conciliar com os deveres eclesiásticos, inata e apreciável inclinação para as letras. Em 1903 inseriu na Aurora, da Pesqueira, entre outros artigos, uma Necrologia de Leão XIII, no mesmo mês da morte do papa. Por um lado o contacto quotidiano com a sua igreja paroquial, que é,por tudo o que interiormente a enriquece, verdadeiro “museu” de arte, e, por outro, a vista das ruinas do mosteiro, que jaziam junto dela, e tão suave e místico romanticismo despertam em almas contemplativas que fizeram nascer ou pelo menos avivar no ânimo deste Abade de S. João gosto especial de assuntos hisórico-religiosos.
    Escreveu artigos em vários periódicos regionais e em jornais de Lisboa. Escreveu a “Monografia do Concelho de Tarouca”, Viseu 1924 e “Terras da Beira” (Cernancelhe e seu alfoz), Porto 1929. Em 1911 foi nomeado director e organizador do Museu regional do concelho de Lamego, cargo a que renunciou em 1915, sem ter tomado posse. Colaborou estreitamente com o insigne sábio Dr. José Leite de Vasconcelos que, a seu pedido, se encarregou das escavações arqueológicas no castro de Mondim-Paçô, cujo espólio faz parte do Museu Etnológico Dr. Leite de Vasconcelos em Belém, Lisboa. Em 1929 foi-lhe entregue a regência da cadeira de Arqueologia do Seminário diocesano de Lamego, onde ensinou Arqueologia geral, sobretudo sacra, e história da Arte. No mesmo ano foi eleito sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
    Outro predicado do P.e Vasco Moreira era a eloquência. Quando falava, no púlpito ou fora dele, a sua palavra quente e agradável apossava-se sempre da inteligência e do coração do auditório. Curou com profunda convicção cristã a paz moral do povo que o destino confiou à sua guarda e com a melhor vontade, estava sempre pronto, a prestar serviço ao próximo.
    Quase subitamente, apenas após três dias de sofrimento, o Padre Vasco faleceu em S. João de Tarouca em 30 de Setembro de 1932 na sequência de uma úlcera do estómago agravada por nunca ter horas certas de refeições.
    A sua perda foi muito sentida na região. Conta uma carta de um seu familiar:
    “Em S. João de Tarouca não se trabalhou, nem sexta (dia do falecimento), nem sábado (dia do funeral). Saiu o funaral às 11 horas, não para Cernancelhe (sua terra natal), mas para o cemitério de S. João, visto o povo se impor e dizer:
    “Queremos cá o Sr. Abade! Foi tão nosso amigo, e por isso queremo-lo cá!” Em vista da imposição, teve de ficar em S. João. Acompanharam-no uns dezassete padres, a fraguesia em pêso e arredores. Atroavam S. João, com os seus gritos, homens mulheres e cianças: tudo chorava, como se S. João estivesse a ser destruido. Na igreja fez-se tudo o que se pode fazer em funeral. Estava à cunha e os gritos eram constantes. Assistiu ao funeral muita gente de Mondim, Tarouca e Cernancelhe. O povo só gritava: O Sr. Abade quis-nos deixar. O que vai ser de nós! nunca mais teremos ninguem tão nosso amigo. Adeus, Sr. Abade! Mas isto por entre lágrimas e gritos, que faziam comover o coração mais empedernido”.

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    Autor

    Local de Edição

    Viseu

    Ano

    1924

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