Descrição
Alfredo Augusto Lopes Pimenta (Guimarães, 3 de Dezembro de 1882 – 15 de Outubro de 1950) foi um historiador, poeta e escritor português.
Biografia
Alfredo Pimenta, filho de Manuel José Lopes Pimenta e de Silvina Rosa, nasceu na Casa de Penouços, em São Mamede de Aldão, Guimarães. Em 1890, a viver em Braga com os seus pais, frequenta o Colégio Académico de Guadalupe. Em 1893 regressa a Guimarães e estuda no Colégio de São Nicolau. Em 1910, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e foi professor no Liceu Passos Manuel em Lisboa, entre 1911 e 1913. A partir deste ano exerceu funções no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, do qual seria o 2.° director de 1949 a 1951. Em 22 de Dezembro de 1931 tornou-se director do Arquivo Municipal de Guimarães. Foi sócio fundador do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, em 1953 e da Academia Portuguesa da História, em 1937.
Inicialmente militante anarquista, passa para o republicanismo. Depois da instauração da República, adere ao Partido Republicano Evolucionista.
Em 1915 surge como colaborador da revista Nação Portuguesa, órgão de filosofia polÃtica do Integralismo Lusitano e acaba por se tornar militante monárquico, tornando-se um destacado doutrinador.
Esta passagem para o monarquismo deu-se logo após o golpe de 14 de Maio de 1915, que derrubou o governo de Pimenta de Castro, apoiado pelos evolucionistas. Converte-se depois ao catolicismo. Chega a propor uma conciliação entre as teses de Auguste Comte e o neotomismo.
Funda o movimento Acção Tradicionalista Portuguesa, com a sua revista com Acção realista em 1923, que lhe passaria a dar o nome, rompendo ideologicamente com o Integralismo Lusitano, a que nunca chegara formalmente a pertencer.
Virá depois a assumir-se como salazarista, e elogia o fascismo e o nazismo. Depois da Segunda Guerra Mundial, faz uma denúncia das perseguições aos nazis, insinuando a existência de campos de concentração entre os Aliados. Foi colaborador do A Voz, onde defende a restauração da monarquia mas como uma espécie de coroamento do Estado Novo, contrastando com a época em que escreveu Mentira Monarchica, em 1906.
A longo da sua vida também colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas Arte & vida (1904-1906), Luz e Vida (1905), Ideia Nacional  (1915), Contemporânea [1915]-1926) e Feira da Ladra  (1929-1943) e no jornal A republica portugueza  (1910-1911). Foi um teórico polÃtico e historiador reputado, sendo que a sua obra mais perdurável situou-se no campo da história, sobretudo na Idade Média.