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Crónica de D. Pedro I

Fernão Lopes

Editora: Civilização

Local de edição: Porto

Ano: 1986

Indisponível

    Esgotado

    Descrição

    216 pp. ; 22 cm

     

    Fernão Lopes, Lisboa, 1380 – 1460

    Era oriundo de família vilã. Em 1418 era guarda-mor das escrituras da Torre do Tombo, cargo que ocupou até 1454. Foi designado por D. Duarte para ser cronista do Reino, certamente a partir de 1434, mas possivelmente já desde 1419, função de que se desempenhou escrevendo as Crónicas de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I, e talvez o que chegou até nós sob a forma do que parece ser um rascunho das Crónicas dos reis anteriores.

    Escrivão dos livros de D. João I e do infante D. Duarte, secretário do infante D. Fernando e tabelião de ofício, a sua obra como historiador beneficiou da experiência obtida em tais actividades e das facilidades de acesso a documentos que elas lhe proporcionavam. Uma cultura – que hoje chamaríamos «literária» – considerável ajudou-o a tirar o melhor partido dessas circunstâncias.

    Três das suas características mais notáveis e inovadoras são: a noção da responsabilidade do historiador no estabelecimento da verdade e o consequente método de consulta exaustiva e aproveitamento crítico de documentos e outras fontes, procurando manter-se isento de favoritismos; a preocupação de esclarecer as diversas inter-relações existentes entre os elementos que formam a realidade; e a compreensão da importância dos factores psicológicos nos fenómenos históricos, que o leva a analisar com minúcia tanto os caracteres do mestre de Avis e de Leonor Teles como os comportamentos populares em grandes e pequenos conjuntos.

    O autor da Crónica de D. João I consegue destacar, conscientes ou fortuitos, motivos, reacções e intenções que são preciosos indícios do quadro social, económico e cultural que podemos ter da época, para a qual a obra de Fernão Lopes permanece como a principal fonte de conhecimento.

    Se, em Fernão Lopes, importa assinalar o valor insigne do historiador num período particularmente rico em acontecimentos dramáticos e intensamente visuais, não importa menos sublinhar a originalidade e grandeza do escritor: herdeiro de uma rica tradição medieval de romances e crónicas, Fernão Lopes, de modo nenhum desprezando o passado, introduz na nossa literatura uma escrita inovadora, fortemente audaz e metafórica, capaz, a um tempo, de nos fazer convir a movimentação cinematográfica de multidões em transe de modificar os destinos de um país ameaçado e de nos pintar, com uma minúcia reveladora, os traços individuais dos comparsas de gabarito mais variado.

    in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1989

    Informação adicional

    Autor

    Editora

    Civilização

    Local de Edição

    Porto

    Ano

    1986

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