Robert C. Smith, Nicolau Nasoni, arquitecto do Porto, Livros Horizonte, Lisboa, 1966
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Nicolau Nasoni nasceu em San Giovanni Valdarno a 2 de junho de 1691. Passou a sua adolescência na cidade natal, onde o seu amigo e mestre Vincenzo Ferrati lhe descobre grande potencialidade como desenhador. Decidiu levá-lo para Siena e ofereceu-lhe a oportunidade de trabalhar como aprendiz, o que lhe permitiu evoluir a nível artístico e social.
Em 1722, Nasoni parte para Malta onde realizou os frescos do salão nobre da Cancelleria do Sobrano Ordem de Malta (atual Instituto Italiano da Cultura) e pintou a abóbada no albergue da Ordem dos Cavaleiros (atual Museu Arqueológico Nacional de La Valletta), bem como os frescos da Catedral de São João Baptista. Deste período, destaca-se o enorme ciclo pictórico das galerias do Palácio do Grão-Mestre de Malta, à época, ocupado pelo português Dom António Manuel de Vilhena.
Nasoni chegou a Portugal, em setembro de 1725, como responsável pela renovação estética da sacristia e da capela-mor da Sé do Porto. Nesta obra, o pintor que trouxe para Portugal a novidade da quadratura, demonstra com mestria a técnica da pintura em perspetiva ilusionista.
A partir de 1731, com o projeto para a igreja e torre dos Clérigos, a figura de Nasoni pintor dá lugar, definitivamente, à figura de Nasoni arquiteto e projetista.
Nicolau Nasoni superou-se em duas grandes artes: a arquitetónica e a pictórica. No norte de Portugal, e principalmente no Porto, projetou inúmeros edifícios religiosos e civis, que ainda hoje marcam o panorama arquitetónico da cidade.
Morreu a 30 de agosto de 1773, tendo sido sepultado na Igreja dos Clérigos.