Portugal Futurista, Santa Rita Pintor, Almada Negreiros, Amadeo de Souza Cardoso, Appollinaire, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa, Raul Leal, Álvaro de Campos, edição fac-simile, Contexto, Lisboa, 1990
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Portugal Futurista, fac-simile.
A edição, em novembro de 1917, da revista Portugal Futurista , apreendida após o lançamento do seu número inaugural, dá a conhecer o futurismo estrangeiro, com transcrição de textos de Apollinaire, Blaise Cendras e Marinetti; incluí uma homenagem a Santa-Rita Pintor, na qualidade de introdutor do movimento futurista em Portugal, reproduzindo os quadros Abstração Congénita Intuitiva (Matéria Força), Orfeu nos Infernos, Perspetiva Dinâmica de um Quadro ao Acordar e Cabeça = Linha Força. Complementarismo Orgânico. Ainda no âmbito das artes plásticas, Portugal Futurista reproduz os quadros de Amadeo de Souza-Cardoso Farol e Cabeça Negra. Aí são também publicados o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX de Almada-Negreiros e o Ultimatum de Álvaro de Campos; os textos simultanéistas de Almada, Mima Fatáxa e Saltimbancos, os poemas deFernando Pessoa, Episódios e Ficções do Interlúdio, e Três Poemas, de Mário de Sá-Carneiro. Embora filiados em manifestações de vanguarda, nem todos estes textos e expressões artísticas se integram numa prática futurista estrita. Próximos da intenção de "manifesto futurista", nos dois "ultimatum" - o de Almada declarado às gerações portuguesas decadentes e passivas e o deCampos declarado a uma Europa onde "Homens, nações, intuitos, está tudo nullo! -, um eu "cantor-vidente do Futuro" proclama com arrogância, com agressividade e com cinismo a falência e morte de tudo o que existe e a necessidade de criar uma nova Humanidade.