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Livros invulgares

Poesia 61, Faro, 1961

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Completo, raro.

Com uma dedicatória de Maria Teresa Horta.

A Poesia 61 foi uma publicação editada em Faro por cinco poetas, na qual contribuíram com uma plaquette cada: Casimiro de Brito, com "Canto Adolescente"; Luiza Neto Jorge, com "Quarta Dimensão"; Gastão Cruz, com "A Morte Percutiva"; Fiama Hasse Pais Brandão, com "Morfismos"; e Maria Teresa Horta, com "Tatuagem". 

«Esta Poesia 61, não no Canto adolescente de Casimiro de Brito, o mais maduro dos poetas da coletânea e por assim dizer o seu timoneiro, mas nos Morfismos de Fiama Hasse Pais Brandão, em A morte percutiva de Gastão Cruz, na Quarta dimensão, de Luiza Neto Jorge, ou em Tatuagem, de Maria Teresa Horta, algo se nos apresenta que já não é propriamente esse luxo quinta-essenciado de um lirismo que no esgotamento das suas possibilidades de expressão se entrega perdidamente ao barroquismo culteranista, perspectiva da nossa poesia nestes últimos dez anos. Não. Em Poesia 61 assistimos a uma 'mise en scène' do lirismo nacional, que tem muito mais a ver com as derradeiras manifestações do antiteatro e do anti-romance que propriamente com o requintamento exaustivo da arqui-poesia. Supomos ter chegado ao momento em que a nossa poesia diz finalmente 'não' aos paroxismos barrocos. E se é certo que em todos os poetas representados em Poesia 61 está patente esse mesmo paroxismo, uma vez que todos eles passaram pela depuração em que se esterilizam não poucas altas vocações da nossa poesia moderna, não há dúvida de que a principal preocupação dos jovens poetas deste novo surto do lirismo nacional está em servirem- se da poesia para alguma coisa que em última instância constitui o suicídio das próprias formas poéticas. Eis-nos diante da primeira manifestação coletiva de uma verdadeira anti-poesia.»

João Gaspar Simões, Poesia 61, Diário de Notícias, Lisboa, 17 Agosto, 1961

 

Com pequeno rasgão na lombada da sobrecapa que envolve os 5 livros.

https://www.cnc.pt/poesia-61-faro-1961/


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