Leitão de Andrada, Miguel. Miscelânea, Nova edição correcta. Imprensa Nacional, Lisboa, 1867
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xx pp., 455 pp., 4.º; 2 gravuras desdobráveis.
2.ª edição desta curiosa obra.
Encadernação em carneira, inteira de pele. Lombada com nervos e decorada com ferros a ouro fino, meados séc. xx, enc. Livraria Ferin.
Mantém as capas de brochura, as guardas modernas têm o ex-libris da historiadora Maria Helena Mendes Pinto.
Miguel Leitão de Andrada (Pedrógão Grande, 28 de Setembro de 1553 – Lisboa, 7 de Setembro de 1630) foi um jurista e escritor português. É autor da obra intitulada “Miscelânea do sítio de Nossa Senhora da Luz do Pedrógão Grande: aparecimento de sua imagem, fundação do seu Convento e da Sé de Lisboa, com muitas curiosidades e poesias diversas”, publicada em 1629, um ano antes de falecer.
Estudou direito canónico, tendo acompanhado Sebastião I de Portugal em sua malograda jornada ao Norte da áfrica. Na batalha de Alcácer-Quibir (1578) caiu prisioneiro e foi levado para Fez. Negociada a sua libertação, regressou ao reino onde veio a ser novamente detido, agora por Filipe II de Espanha, que o tomou por apoiante de António I de Portugal.
Escreveu a sua Miscelânea em prosa e em verso, narrando os eventos de que foi testemunha presencial (sobretudo, em Alcácer-Quibir). A obra está dividida em dez diálogos, travados entre duas personagens - Galácio e Devoto -, que dão ao leitor, num registo vivo e pitoresco, muitas memórias curiosas, relativas sobretudo à fundação do Convento de Nossa Senhora da Luz e ao milagre aí perpetuado por Nossa Senhora, à conquista de Lisboa aos mouros por Afonso Henriques e à mítica batalha de Sacavém, entre outros.