




José Leite de Vasconcelos, Boletim de Etnografia, Publicação do museu Etnológico Português, Imprensa Nacional, Lisboa, (completo, 5 números 1920-1923-1924-1929-1938)
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Índice dos 5 números:
Número 1
Aprestos de costura
Leiteiro c carapuças da Madeira
Louça do Algarve
Adelino das Neves
Estrelas de figos
Capote & lenço
Relógios de Sol
Carrancas fontanárias
Aldravas de ferro
Vasilhas de barro
Habitação
Barcos de Aveiro
Bolo antropomórfico
Bonecas» de chaminés do Sul
«Cegonha» de Grândola
Esfolhador
Espécimes de arte popular alentejana
Santo António numa mercearia
Polvorinho artístico
Chaminés da Estremadura e Algarve
Costumes e panorama do Alentejo
Espécime português de raça negra
Capador
Francisco Rolland
Os pinhões na Etnografia
Berços infantis
Número 2
Os cinco sentidos
Coleira de cão
Apontamentos para a etnografia madeirense — Habitação troglodítica
Vida portuguesa antiga, segundo documentos iconográficos
Teares
«Espolhos« de portas
Pescador da Figueira da Foz
Gostos artísticos
Tipos e cousas do Alentejo
Adelino das Neves (2.° artigo)
Etnografia do jornalismo
Banho santo
Cozinha alentejana
Nicho do uma casa
Objectos etnográficos do Alto Alentejo
Trajos alentejanos
Etnografia estremenha
Mobília popular alentejana
Etnografia vária
Batentes de porta zoomórficos
Bateira da Afurada
Azulejos etnográficos:
1) Rêde de pesca 55
2) Caça e pesca ao candeio
Vários tipos de jugos e cangas de bois
Número 3
Vida portuguesa antiga seguido de documentos iconograáficos
Boneca de chaminé
Chaminé extremenha
Azulejos etnográficos
Recipientes de couro para vinho
Esmolas religiosas
Depois da matança do porco
Fonte de uma sacristia
«Copeiro» alentejano
Esmolas para S. Lazaro
Velador de candeia
Para a venda do peixe
Medição poética do vinho
Trajo de mulher
Encosto de panelas
Maquia
Fontes
Coleiras de cão
Gato preto
Foice de mão
Gaiolas para grilos
Casas da praia da Vieira
Alminhas do Minho
Modos de acender o lume
Uma rua de Gáfete
Modos de avivar o lume
Tipos de Montalegre
Pertenças de uma quinta do Minho
Pontão de segurar as tampas das caixas ou arcas
Número 4
A Antropologia portuguesa como fonte de investigação etnográfica
Objectos feitos de cabaço e cabaça
Etnografia colonial:
I.— A) África Ocidental 21
B) África Oriental 27
II. — Objecto do madeira usado pelos Macoiides, que habitam o Norte
(Nyassa), na província do Moçambique
Etnografia do Cadaval
Mouros e Judeus na arte portuguesa: I. — Mouros
Desmantela
«Ex-libris» manuscrito
Amuleto de coral
Estampas etnográficas
Observação final
Número 5
Fontes de investigação etnográfica
Estampas etnográfica?
Um bobo do século xiv
Lume e iluminação
Arte & Etnografia
Esmolas para S. Lázaro
Espécimes de etnografia por províncias:
I. Entre-Douro-e-Minho
II. Trás-os-Montes
III. Beira
IV. Estremadura
V. Alentejo
VI. Algarve
Historia & Etnografia
Mouros e Judeus na arte portuguesa: II — Judeus
Expediente
Observação final
José Leite de Vasconcelos Cardoso Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcelos (Ucanha, 7 de julho de 1858 — Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
Desde menino Leite de Vasconcelos era atento ao ambiente em que vivia e anotava em pequenos cadernos tudo que lhe chamava a atenção. Aos dezoito anos foi para o Porto continuar seus estudos, licenciado-se em Ciências Naturais (1881) e, em 1886, em Medicina, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Todavia só exerceu o novo ofício por um ano, em 1887, no Cadaval, distrito de Lisboa.
A sua tese de licenciatura, "A evolução da linguagem: ensaio antropológico" (1886), já demonstrava seu grande interesse pelas letras, que por fim viriam a ocupar toda sua longa vida. As ciências exactas deixaram-lhe o estilo investigativo rigoroso e exaustivo, seja na filologia, seja na arqueologia ou na etnografia, disciplinas em que mais tarde tornar-se-ia uma referência.
Fundou a Revista Lusitana em 1889, o Arqueólogo Português em 1895 e o Museu Etnológico de Belém em 1893. Foi um dos criadores da revista O Pantheon (1880-1881) e teve diversas colaborações em publicações periódicas, nomeadamente: A Mulher (1879), Era Nova (1880-1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), A Imprensa (1885-1891), Branco e Negro (1896-1898), Atlântida (1915-1920), Lusitânia (1924-1927), Ilustração (1926-), Feira da Ladra (1929-1943) e no Boletim cultural e estatístico (1937). Doutorou-se na Universidade de Paris, com Esquisse d'une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio da diatopia do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra). Foi também pioneiro no estudo da onomástica portuguesa com a obra Antroponímia Portuguesa.
Tendo leccionado Numismática e Filologia Portuguesa na Biblioteca Nacional, onde era conservador desde 1887, chegou a professor do ensino superior em 1911, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Faleceu aos 82 anos, deixando em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias.
Obras
A lista de obras de Leite de Vasconcelos é bastante extensa, citando-se em seguida alguns dos seus trabalhos:
• O Dialecto Mirandez (1882)
• Revista Lusitana (primeira série: 1887-1943; 39 volumes)
• Religiões da Lusitânia (1897-1913; em três volumes)
• Estudos de Filologia Mirandesa (1900 e 1901; dois volumes)
• Textos Archaicos (antologia, 1903)
• Livro de Esopo (1906)
• O Doutor Storck e a litteratura portuguesa (1910)
• Lições de Philologia Portuguesa (1911)
• Antroponímia Portuguesa (1928)
• Signum Salomonis, A figa e A barba em Portugal (1918)-(1925)
• Opúsculos (1928-1938 e 1985, póstumo, sete volumes)
• Etnologia Portuguesa (1933-?, em oito volumes)
• Filologia Barranquenha - apontamentos para o seu estudo (1940, ed. 1955)
• Romanceiro Português (ed. 1958, em dois volumes)
• Contos Populares e Lendas (ed. 1964, em dois volumes)
• Teatro Popular Português (1974-1979)