Jorge, João Miguel Fernandes. O regresso dos remadores. Lisboa, Editorial Presença, 1982
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150 pp.; 18 cm.
João Miguel Fernandes Jorge, Bombarral, 1943
Poeta, ficcionista, ensaísta e crítico de arte.
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, foi professor do ensino secundário e professor de Estética na Escola de Cinema do Conservatório Nacional; a partir de 1980, passou a exercer exclusivamente a actividade de crítico de arte.
Pode-se dizer que foi a partir da publicação do seu primeiro livro, Sob Sobre Voz (1971), que a geração de 70 passou a ser identificada como tal. E com ela aquilo a que foi chamado, com maior ou menor propriedade, o «regresso ao real», por oposição ao formalismo da linguagem verificado na década precedente. Joaquim Manuel Magalhães, que desde sempre prefaciou e posfaciou livros do autor – também é de sua autoria o posfácio de Sob Sobre Voz, assinado com as iniciais C. M. –, sublinha que a poesia de João Miguel Fernandes Jorge se situa «em dois grandes blocos de intenções verbais [...] por um lado, a atenção ao quotidiano contemporâneo e à cultura, através duma enumeração fluindo ao sabor dos sentimentos e das ocasionalidades declarativas; por outro lado, a atenção aos quotidianos formadores duma colectividade nacional centrada em momentos irradiantes [...].» Com efeito, toda a sua obra (poética ou ficcional) reflecte sem ambiguidades o jogo intertextual e o diálogo com outras artes, em particular a pintura e o cinema. E tem como pólo aglutinador uma certa ideia de História, de que A Jornada de Cristóvão de Távora é o exemplo acabado.
Autor de uma obra extensa, as colectâneas de poemas começaram em 1987 a ser coligidas em volumes de Obra Poética. Em 1988, Nem Vencedor Nem Vencido dá início a uma série de narrativas ficcionais, misto de short story e relato memorialístico.
Outra constante é a actividade ensaística no domínio das artes plásticas e da fotografia, com intervenção regular na imprensa (A Capital, O Independente, Semanário, Expresso, etc.) e em diversas revistas da especialidade. Grande parte desses textos encontra-se reunida em volume.
Foi co-director da revista As escadas não têm degraus, de que se publicaram cinco números (1988-91). É membro da secção portuguesa da A.I.C.A. (Associação Internacional de Críticos de Arte). Poemas seus encontram-se dispersos por revistas como O Tempo e o Modo, Colóquio-Letras, Nova, Sema, Raiz & Utopia, Belém, Europe, etc. Representado em algumas antologias de poesia.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
09/2004