Fernão Rodrigues Lobo Seropita, Poesias e prosas inéditas, Livraria Nacional, Porto, 1868
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Fernão Rodrigues Lobo Seropita, Poesias e prosas inéditas; Com uma prefaciação de Camilo Castelo Branco, Livraria Nacional, Porto, 1868
Fernão Rodrigues Lobo Seropita
Jurisconsulto e muito apreciado advogado em Lisboa, que floresceu nos fins do século 16 e princípios do 17.
Tornou-se mais conhecido por ser o editor das poesias líricas de Luís de Camões. Soropita passou a Coimbra a formar-se em leis, e na universidade teve fama de estudante folgazão e trocista. Graduando-se em leis, veio exercer a advocacia para Lisboa, e aqui se relacionou com o grande poeta Camões.
Nas lutas que em Portugal se travaram por morte do cardeal D. Henrique, mostrou-se inclinado ao partido do prior do Crato, o que não impediu de fugir de Lisboa, quando em 1589 a esquadra inglesa desembarcou em Cascais, para sustentar os direitos do D. António, e talvez o receio do ser vítima dos espanhóis, que redobravam de crueldade, o impelisse a ir ter com sua mãe a Palmela e a partir com ela para Setúbal. Logo voltou a Lisboa, e aqui continuou a advogar, e em 1595 publicou a 1.ª edição das Rimas de Camões, precedidas de um prefácio em que fez a crítica elogiosa da obra, e em 1597 imprimiu uma alegação de direito a favor de Francisco Correia num pleito que este sustentou com D. Manuel de Ataíde a propósito da sucessão da vila de Belas. Em 1601, quando Francisco Rodrigues Lobo publicou a sua Primavera, vivia ainda, tanto assim que a parodiou, e em 1606, fatigado do mundo, recolheu-se como tantos outros a um convento, e foi para a serra de Arrábida fazer penitência.
Estavam manuscritas todas as obras de Soropita, e Barbosa citava a paródia da Primavera, a Jornada de Coimbra a Lisboa, o Namorado de Lisboa, um discurso jocoso sobre os costumes do seu tempo, e outros acerca das barbas. Em 1868 saiu no Porto um volume de inéditos, com o titulo de Poesias e provas ineditas de Fernâo Rodrigues Lobo Soropita, com uma prefação e notas de Camilo Castelo Branco.