Ana Hatherly, et all, Claro e escuro, Revista de estudos Barrocos, Lisboa, Quimera, 1988-1991
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Ana Hatherly
Ensaísta, ficcionista, poetisa, artista plástica e professora universitária portuguesa, Ana Hatherly nascida em 1929, no Porto.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade Clássica de Lisboa e doutorou-se em Estudos Hispânicos do Século de Oiro, pela Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Foi professora catedrática na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde criou o Instituto de Estudos Portugueses, em 1994, do qual é presidente.
Para além das funções de docente, desempenhou ainda outras. Entre 1980e 1981, foi diretora-adjunta da revista literária Loreto 13 da AssociaçãoPortuguesa de Escritores e da qual é igualmente membro. Entre 1987 e 1990, integrou a Comissão Editorial e o Conselho de Redação da Revista daFaculdade de Ciências Humanas . Entre 1988 e 1991, fundou e dirigiu a revista Claro-Escuro , que se dedica a estudos barrocos. Em 1991, fundou a revista Incidências do Instituto de Estudos Portugueses. Entre 1991 e 1993, foi presidente da Comissão para a Tradução e os Direitos Linguísticos doPEN Club Internacional, clube do qual foi também presidente, entre 1992e 1994. Membro de várias associações nacionais e internacionais, entre1971 e 1974, trabalhou também no London Film School, realizando quatro pequenos filmes, como Revolução (1976).
Quanto à sua carreira literária, iniciou-a com a publicação do livro de poesia Ritmo Perdido (1958). Nas décadas de 60 e 70, foi elemento ativo doMovimento da Poesia Experimental (conhecido por Po-Ex) que procurava realizar exposições de artistas vanguardistas e divulgar a poesia visual e concreta, em Portugal e no estrangeiro. É precisamente na categoria de vanguardista que Ana Hatherly é integrada. Revelando uma pluralidade inventiva, procura conciliar a literatura, sobretudo a sua poesia, de pendor barroco, com as artes visuais (desenho, colagem, pintura).
No que concerne aos seus trabalhos artísticos, realizou diversas exposições individuais e coletivas, tanto a nível nacional como internacional, salientando-se a Bienal de Veneza, a Bienal de S. Paulo, o Museu do Chiado, a Fundação Calouste Gulbenkian ou a Fundação da Casa de Serralves, podendo encontrar-se cerca de 200 trabalhos da artista, produzidos entre 1960 e 2002, na obra A Mão Inteligente (2002).
Relativamente à sua produção escrita, estão publicados diversos títulos de poesia, ficção, ensaios e artigos para revistas e congressos, estando também parte do seu trabalho representado em várias antologias.Destacam-se algumas obras, como As Aparências (1959), Nove Incursões(1962), O Espaço Crítico: Do Simbolismo à Vanguarda (1979), PO.EX: PoesiaExperimental Portuguesa (1981), Poemas em Língua de Preto dos SéculosXVII e XVIII (1990), A Casa das Musas: Uma Releitura Crítica da Tradição(1995), 351 Tisanas (1997), A Idade da Escrita (1998), Um Calculador de Improbabilidades (2001), Itinerários (2003), Poesia Incurável: Aspetos daSensibilidade Barroca (2003). Para além disto, é também autora de traduções de obras inglesas, francesas, italianas e espanholas e de estudos sobre o Barroco em Portugal.
Ana Hatherly foi distinguida com vários prémios: Medalha de MéritoLinguístico e Filológico Oskar Nobiling (1978) da Sociedade Brasileira deLíngua e Literatura do Rio de Janeiro; Prémio de Ensaio (2000) daAssociação Portuguesa de Escritores, pelo seu livro O Ladrão Cristalino(1997); Prémio de Poesia (2001) do PEN Club, pela sua obra Rilkeana (1999);Prémio Évelyne Encelot (2003), que distingue mulheres europeias, pelas suas obras nas áreas das artes ou das ciências; Prémio da Crítica 2003(2005) da Associação Portuguesa dos Críticos Literárias, pela sua obra O Pavão Negro (2003).
Ana Hatherly in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-07-20 17:09:13]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$ana-hatherly
CLARO E ESCURO. REVISTA DE ESTUDOS BARROCOS, LISBOA, QUIMERA 1988
N.o 1
1988
HATHERLY, Ana, “Estratégia da convicção na temática dos sentidos”, pp. 7- 16
PEREIRA, José Fernandes, “Retórica da fé – simbolismo e decoração no escadório dos cinco sentidos”, pp. 17-32
PIRES, Maria Lucília Gonçalves, “Reflexões acerca da poética barroca”, pp. 39-46
FILHO, Leodegário A. de Azevedo, “Sobre as origens barrocas da literatura brasileira”, pp. 47-54
MARQUES, Maria Theresa Abelha Alves, “As margens do texto na arte de furtar”, pp. 55-62
BELO, Filomena; ROCHA, Manuela, “Anatomia do primeiro periódico português”, pp. 63-76
BONIFÁCIO, Horácio Manuel Pereira, “Alguns documentos inéditos sobre o arquitecto Manuel da Costa Negreiros”, pp. 81-86
HATHERLY, Ana, “Homenagem a Jerónimo Baía no terceiro centenário da sua morte”, pp. 89-92
CASTRO, Ivo, “Contribuição para a bibliografia de Frei Jerónimo Baía”, pp. 93-108
N.o 2/3
1989
“Carta da Rainha D. Maria Sophia Elisa a D. Pedro II”, pp. 9-12
ARRUDA, Luísa d’Orey Capucho, “O retrato de D. João V na portaria de São Vicente de Fora: um retrato barroco azul e branco”, pp. 13-18
SOBRAL, Luís de Moura, “Os retratos de D. João V e a tradição do retrato de Corte”, pp. 19-34
BEBIANO, Rui, “Metamorfoses do «Reinado do Ouro»”, pp. 35-40
GALHARDO, Anabela, “A arte de transmutar ideias. O conceito de saber e verdade no tratado Ennoea”, pp. 41-46
BELO, Filomena, “Reinado e vida de D. João V. Grande Plano e Plano Geral”, pp. 47-54
PEREIRA, José Fernandes, “Património”, pp. 55-60 PEREIRA, José Fernandes, “D. João V em Tomar”, pp. 61-66
CALADO, Margarida, “A Quinta da Conceição de António Cremer – Breve análise”, pp. 67-72
PEREIRA, José Fernandes, “Ornamento e Geometria”, pp. 73-78
ANSELMO, Artur, “Perspectiva histórica do século XVIII”, pp. 79-82
MATIAS, Elze Vonk, “As academias literárias na época joanina”, pp. 83-88
HATHERLY, Ana, “Galas e galardões num certame poético académico da época joanina”, pp. 89-98
TEIXEIRA, Madalena Braz, “Olhar sobre o traje joanino”, pp. 99-104
BRITO, Manuel Carlos de, “A música profana e a ópera no tempo de D. João V. Vários factos e alguns argumentos”, pp. 105-118
HATHERLY, Ana, “Teatro religioso da época joanina. O Triunfo do Rosário de Sóror Maria do Céu”, pp. 119-134
NOGUEIRA, Natália Baeta, “A lição da festa na Relação Métrica de Frei Simão de Santa Catarina”, pp. 135-142
ROCHA, Andrée, “A poesia barroca no tempo de D. João V. Declínio ou persistência?”, pp. 143-148
HATHERLY, Ana, “Feudo do Parnaso. Um obséquio alegórico à munificência de D. João V”, pp. 149-164
PEREIRA, José Fernandes, “A morte de D. João V: ascese e espectáculo”, pp. 165-176
MARQUES, Maria Theresa Abelha Alves, “Uma personagem encontra seus autores”, pp. 177-188
“Cronologia da vida e reinado de D. João V”, pp. 189-213
1990
N.o 4/5
BEBIANO, Rui, “Tempo de Inquirição: Resposta à secção A (1- Repensar as teorias; 1.1- O que mudou desde Wolfflin, D’Ors, Weisbach, etc.; 1.2- A situação em Portugal: há um Barroco português ou um barroco em português?)”, pp. 9-10
FILHO, Leodegário A. de Azevedo, “Tempo de Inquirição: Resposta à secção A (1- Repensar as teorias; 1.1- O que mudou desde Wolfflin, D’Ors, Weisbach, etc.; 1.2- A situação em Portugal: há um Barroco português ou um barroco em português?”, pp. 11-14
COUTINHO, Afrânio, “O Barroco e o Maneirismo”, pp. 15-16
RIBEIRO, Maria Aparecida, “Qual Barroco? Qual Brasil?”, pp. 17-22
MONTES, José Ares, “Tempo de Inquirição: Resposta às secções A e B (1- Repensar as teorias; 1.1- O que mudou desde Wolfflin, D’Ors, Weisbach, etc.; 1.2- A situação em Portugal: há um Barroco português ou um barroco em português?; 2- Relação entre o Barroco dos séculos XVII/XVIII e o Neobarroco do século XX; 2.1- Limites ou ilimites do Barroco; 2.2- Reinvenção e continuidade – Importância da herança cultural; 2.3- Mundovisão e sensibilidade barrocas)”, pp. 27-28
DUBOIS, Claude-Gilbert, “Tempo de Inquirição: Resposta às secções A e B (1- Repensar as teorias; 1.1- O que mudou desde Wolfflin, D’Ors, Weisbach, etc.; 1.2- A situação em Portugal: há um Barroco português ou um barroco em português?; 2- Relação entre o Barroco dos séculos XVII/XVIII e o Neobarroco do século XX; 2.1- Limites ou ilimites do Barroco; 2.2- Reinvenção e continuidade – Importância da herança cultural; 2.3- Mundovisão e sensibilidade barrocas)”, pp. 29-32
PELEGRIN, Benito, “Tempo de Inquirição: Resposta à secção B: 2- Relação entre o Barroco dos séculos XVII/XVIII e o Neobarroco do século XX; 2.1- Limites ou ilimites do Barroco; 2.2- Reinvenção e continuidade – Importância da herança cultural; 2.3- Mundovisão e sensibilidade barrocas)”, pp. 33-38
COSTA, Carlos Couto Sequeira, “Física Poética”, pp. 39-44 GUIMARÃES, Fernando, “Entre o barroco e o neobarroco”, pp. 45-50
COUTO, Ana; GALHARDO, Anabela, “Moda Portuguesa (1985/90) e sensibilidade barroca”, pp. 57-62
CARLOS, Isabel, “O efeito neobarroco”, pp. 63-66
CASTRO, E. M. de Melo e, “As Fontes, as Nuvens e o Caos. Notas sobre Barroco, Neobarroco e Metabarroco na poesia portuguesa da 2.a metade do século XX”, pp. 71-108
INFANTES, Víctor, “Poesía sobre poesía: España y Portugal entre nuevos centones gongorinos”, pp. 115-124
GOMES, Paulo Varela, “O silêncio”, pp. 125-130
PEREIRA, José Fernandes, “Dispersões sobre o Caos, o Nada, o Mundo Verdadeiro, o Mundo Fantástico e a Vanidade das Glórias do Mundo: o Ar, o Vento, a Sombra, as Cores Aparentes”, pp. 131-135
1991
N.o 6/7
MENDES, Margarida Vieira, "Vieira no Cabo de Não. Os descobrimentos no Livro anteprimeiro da História do Futuro", pp. 9-20
CIRURGIÃO, António, "A Lusitânia Transformada ou a face não heróica dos descobrimentos", p. 21-30
HATHERLY, Ana, "A Écloga Cintra. Uma visão barroca da história trágico- marítima de Camões", pp. 31-68
KNOWLTON JR., Edgar C., "The first two editions of Malaca Conquistada as stages in the transformation of Renaissance epic into Baroque epic", pp. 69-92
MOURA, Gilberto, "Depois de uma leitura da Malaca Conquistada", pp. 93-98 RIBEIRO, Maria Aparecida, "Tupis, Surucucus, Maracujas: contribuições
brasileiras para o barroco", pp. 99-116
CAMÂRA, Teresa Bettencourt da, "De Angra ao Brasil (sécs. XVI-XVIII), pp. 117-122
BELO, Filomena, "Os recolhimentos femininos e a colonização", pp. 123-136
CASTRO, E. M. de Melo e, "Descobrir é tecer. Notas sobre algumas consequências dos descobrimentos portugueses na arte dos tecidos", pp. 137- 150
ARRUDA, Luísa, "O Palácio de Xabregas. Do legado de Tristão da Cunha às grandes obras do século XVIII", pp. 151-162
DUARTE, Eduardo, "Bibliografia de História da Arte dos séculos XVII e XVIII", pp. 163-203