231 pp. ; 21 cm

José Tolentino de Mendonça, Ilha da Madeira, 1965

Poeta e ensaísta.

Licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, com uma tese sobre a poesia de Ruy Belo. Concluiu a Licenciatura Canónica em Estudos Bíblicos no Pontifício Instituto Bíblico, em Roma. Foi ordenado padre em 1990. Foi professor e vice-reitor na Universidade Católica de Lisboa. Viveu e estudou em Roma, onde preparou a sua tese de doutoramento em Teologia. Além de poeta, é também ensaísta e tradutor.

José Tolentino de Mendonça, como muitos poetas da geração dos anos 80/90, retoma uma certa tradição lírica portuguesa. Lirismo todavia assaz particular, delicado, envolto em recato. Os versos de Tolentino de Mendonça transportam vestígios, índices, poeiras de memórias adolescentes, diversos lugares de origem, rostos conhecidos, paisagens marítimas, cidades várias, traços e situações simples da vida de todos os dias. Esta poesia vai erguendo, ou amadurecendo, uma serenidade que assenta no seguinte princípio: não despertes o que não podes calar. E nisto não há uma habilidade mas uma morada, ainda que aconteça aos golpes. Os versos, saberes tão frágeis, escrevem-se aprendendo a manter a morte suspensa, a prezar os segredos.

Em 2001, foi agraciado pelo presidente Jorge Sampaio como Comendador da Ordem do Infante, por ocasião dos vinte e cinco anos de autonomia política da Madeira.

A convite do Papa Francisco, é, desde 1 de setembro de 2018, o novo arquivista e bibliotecário do Vaticano, tendo ainda sido elevado a Arcebispo em junho de 2018. Atualmente mantém-se Arquivista do Arquivo Apostólico do Vaticano e Bibliotecário da Biblioteca Apostólica Vaticana, na Cúria Romana. No dia 5 de outubro de 2019 foi elevado a Cardeal pelo Papa Francisco durante o Consistório Ordinário Público de 2019. Em setembro de 2022 foi nomeado pelo Papa Francisco prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano.

Centro de Documentação de Autores Portugueses
01/2020