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Obras completas

Luís de Camões

Editora: Sá da Costa

Local de edição: Lisboa

Ano: 1954

IndisponĂ­vel

    Esgotado

    Descrição

    Com prefácio e notas do professor Hernâni Cidade

     

    Luís de Camões

     

    Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exatamente onde, e morreu a 10 de junho de 1580, em Lisboa. Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protetor o seu tio paterno, D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza. 

    Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito – perda referida na Canção Lembrança da Longa Saudade – e outro para Constância, entre 1547 e 1550, obrigado, diz-se, por ofensas a uma certa dama da corte.

    Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em 1552, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se lê numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdão quer para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava. 

    Segundo alguns autores, terá sido por essa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusíadas. 

    Na ĂŤndia parece nĂŁo ter sido feliz. Goa dececionou-o, como se pode ler no soneto Cá nesta BabilĂłnia donde mana. Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreveu uma das mais belas canções: Junto dum seco, fero e estĂ©ril monte. Viajou de seguida para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema Ă©pico. Voltou a Goa, naufragou na viagem na foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua “Dinamene”, rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado. A esta fatĂ­dica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste. Em Goa sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, “tĂŁo pobre que comia de amigos”, trabalhando n’Os LusĂ­adas e no seu Parnaso, “livro de muita erudição, doutrina e filosofia”, segundo o mesmo autor. 

    Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o passaporte. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas, que lhe valeu de D. Sebastião, a quem era dedicado, uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos e renovado pela última vez em 1582 a favor de sua mãe, que lhe sobreviveu. 

    Os Ăşltimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela misĂ©ria. Reza a tradição que se nĂŁo morreu de fome foi devido Ă  solicitude de um escravo Jau, trazido da ĂŤndia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pĂŁo do dia seguinte. O certo Ă© que morreu a 10 de junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituição de beneficĂŞncia, a Companhia dos CortesĂŁos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: “Aqui jaz LuĂ­s de Camões, prĂ­ncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu.” 

    Se a escassez de documentos e os registos autobiográficos da sua obra ajudaram a construir uma imagem lendária de poeta miserável, exilado e infeliz no amor, que foi exaltada pelos românticos (Camões, o poeta maldito, vĂ­tima do destino, incompreendido, abandonado pelo amor e solitário), uma outra faceta ressalta da sua vida. Camões terá sido de facto um homem determinado, humanista, pensador, viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbrou com a descoberta de novos mundos e de “Outro ser civilizacional”. Por isso, diz Jorge de Sena: “Se pouco sabemos de Camões, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poĂ©tica, já que nĂŁo muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua prĂłpria experiĂŞncia e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões Ă©.”

    A 10 de junho, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

    Informação adicional

    Autor

    Editora

    Sá da Costa

    Local de Edição

    Lisboa

    Ano

    1954

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